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 ManIfesto (Manifestinho já que Manifestos estão fora de moda)
       G
por Sérgio Augusto - Serjão!
“Queres ser universal, comece a pintar a sua aldeia”
L.Tolstoi
 
 A minha aldeia hoje amanheceu descorada 
 Uma fina camada cinza pairava sobre o horizonte
 Ninguém sabia explicar tal fenômeno.
 
 Tempo, tempo, tempo, tempo...
 
 As cores pareciam ter esmaecido, estavam sumindo!
 Cochichavam dizendo ser castigo divino
 Ajoelhavam suplicando perdão.
 
 Tempo, tempo, tempo, tempo...
 
 E, cegos, lamentavam em desespero,
 Cobrindo o rosto com as mãos.
 Sem se dar conta do que estava sob seus pés.
 
 Tempo, tempo, tempo, tempo...
 
 Pouco a pouco foram despertando
 Acordando para si mesmos
 Se percebendo através da própria lente.
 
 Tempo, tempo, tempo, tempo...
 
 Daí, não havia mais controle
 Todos pensavam por si só: autônomos, independentes,
 questionadores, críticos.
 
 Tempo, tempo, tempo, tempo...
 
 
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