O Grupo Antropoantro convida para uma proposta de trabalho “Semana de Hércules Florence”, comemorada em Campinas, São Paulo.Agradecemos o convite e aproveitamos para divulgar:
Para participar convidamos todos a fotografar, dando uma visão contemporânea ao trabalho pioneiro de Hércules Florence. As categorias de fotos são:paisagem,arquitetura e retrato.
Essas fotos devem ser enviadas ao e-mail grupoantropoantro@gmail.com
As fotos devem ser em jpeg ou tiff com até 100 K
Com as fotos recebidas organizaremos uma exposição virtual no blog ANTROPOANTRO do dia 17 até dia31.
A Fotografia e seu Inventor Hércules Florence.
– Apresentação – Dayz Peixoto Fonseca
Hércules Florence trouxe a fotografia ao mundo sob o signo da arte.
Em sua longa viagem como desenhista da Expedição, Hércules Florence viu, observou e registrou o país com o olhar de fotógrafo.
Aliás, quando ele chegou da França em 1824, já trazia em ser caráter a necessidade de realizar o registro do instante, do momento que não se repete, da rapidez da feitura da imagem.
Durante a Expedição Langsdorff (1825-29), ele fez suas anotações em textos, desenhos e aquarelas. Sua visão realista e artística transformou suas anotações em um dos mais importantes relatos de viajantes do século XIX. Pois foi motivado pelo desejo de divulgar seus desenhos e mostrar tantas belezas, riquezas e diferenças de nosso país, que ele procurou criar técnicas de reprodução. Primeiro, a Poligrafia, depois a Fotografia. Esta, realizada entre os anos de 1832 e 1833, embora ainda trabalhasse em seus experimentos até 1835, buscando sempre melhores materiais químicos, para apurar diferentes resultados da imagem sobre papel. E é claro, enquanto isso, esperava que surgisse alguém que o apoiasse financeiramente para finalizar seu invento.
Anexo, abaixo, alguns fragmentos em que Hércules Florence escreveu sobre a fotografia e sua relação com outras artes, especialmente a pintura.
São relatos de Hércules Florence, integrantes de seus manuscritos, traduzidos por Francisco Álvares Machado e Vasconcelos Florence.
“A fotografia é a maravilha do século quanto à pintura. Também eu lhe havia lançado as bases, previ essa arte em sua plenitude. Passei perto do processo de Daguerre, mas meus esforços desenvolviam-se no exílio. Portanto, toda a honra coube a Daguerre.
Gravei, pelo sol, sete anos antes que se falasse da fotografia, e eu próprio lhe dera esse nome.
A Fotografia fará admirável revolução no tocante a pintura. O pintor terá em sua oficina a verdadeira natureza fixada em todas as suas formas, em coleções de vistas e modelos escolhidos pela câmara escura. O arbitrário não mais reinará nas paisagens, os claros e escuros ficarão em seu lugar, tudo, até o broto da planta, será autêntico.
“Eu inventara a Poligrafia... Tal como ela então estava, e não mais me ocupava do primeiro propósito, quando, buscando, por meio da ação da luz solar sobre o nitrato de prata, fixar no papel, na câmera escura, os desenhos nela representados, concebi a idéia de também imprimir pela ação da luz sobre o nitrato e, após penosos esforços, acabei por descobrir esse novo modo de impressão, que, como se poderá ajuizar, oferece grandes vantagens.
Dei a essa arte o nome de Fotografia, porque nela a luz desempenha o principal papel.”
“O homem nada é sem o homem.
Aquele que inventa uma arte deve trabalhar muito tempo sem proveito e, talvez, durante a vida inteira, estar sujeito a jamais colher fruto algum. Daí o infortúnio de tantos homens de gênio, que da vida só conheceram amargores; e da glória desse mundo, o túmulo.”
Para participar convidamos todos a fotografar, dando uma visão contemporânea ao trabalho pioneiro de Hércules Florence. As categorias de fotos são:paisagem,arquitetura e retrato.
Essas fotos devem ser enviadas ao e-mail grupoantropoantro@gmail.com
As fotos devem ser em jpeg ou tiff com até 100 K
Com as fotos recebidas organizaremos uma exposição virtual no blog ANTROPOANTRO do dia 17 até dia31.
A Fotografia e seu Inventor Hércules Florence.
– Apresentação – Dayz Peixoto Fonseca
Hércules Florence trouxe a fotografia ao mundo sob o signo da arte.
Em sua longa viagem como desenhista da Expedição, Hércules Florence viu, observou e registrou o país com o olhar de fotógrafo.
Aliás, quando ele chegou da França em 1824, já trazia em ser caráter a necessidade de realizar o registro do instante, do momento que não se repete, da rapidez da feitura da imagem.
Durante a Expedição Langsdorff (1825-29), ele fez suas anotações em textos, desenhos e aquarelas. Sua visão realista e artística transformou suas anotações em um dos mais importantes relatos de viajantes do século XIX. Pois foi motivado pelo desejo de divulgar seus desenhos e mostrar tantas belezas, riquezas e diferenças de nosso país, que ele procurou criar técnicas de reprodução. Primeiro, a Poligrafia, depois a Fotografia. Esta, realizada entre os anos de 1832 e 1833, embora ainda trabalhasse em seus experimentos até 1835, buscando sempre melhores materiais químicos, para apurar diferentes resultados da imagem sobre papel. E é claro, enquanto isso, esperava que surgisse alguém que o apoiasse financeiramente para finalizar seu invento.
Anexo, abaixo, alguns fragmentos em que Hércules Florence escreveu sobre a fotografia e sua relação com outras artes, especialmente a pintura.
São relatos de Hércules Florence, integrantes de seus manuscritos, traduzidos por Francisco Álvares Machado e Vasconcelos Florence.
“A fotografia é a maravilha do século quanto à pintura. Também eu lhe havia lançado as bases, previ essa arte em sua plenitude. Passei perto do processo de Daguerre, mas meus esforços desenvolviam-se no exílio. Portanto, toda a honra coube a Daguerre.
Gravei, pelo sol, sete anos antes que se falasse da fotografia, e eu próprio lhe dera esse nome.
A Fotografia fará admirável revolução no tocante a pintura. O pintor terá em sua oficina a verdadeira natureza fixada em todas as suas formas, em coleções de vistas e modelos escolhidos pela câmara escura. O arbitrário não mais reinará nas paisagens, os claros e escuros ficarão em seu lugar, tudo, até o broto da planta, será autêntico.
“Eu inventara a Poligrafia... Tal como ela então estava, e não mais me ocupava do primeiro propósito, quando, buscando, por meio da ação da luz solar sobre o nitrato de prata, fixar no papel, na câmera escura, os desenhos nela representados, concebi a idéia de também imprimir pela ação da luz sobre o nitrato e, após penosos esforços, acabei por descobrir esse novo modo de impressão, que, como se poderá ajuizar, oferece grandes vantagens.
Dei a essa arte o nome de Fotografia, porque nela a luz desempenha o principal papel.”
“O homem nada é sem o homem.
Aquele que inventa uma arte deve trabalhar muito tempo sem proveito e, talvez, durante a vida inteira, estar sujeito a jamais colher fruto algum. Daí o infortúnio de tantos homens de gênio, que da vida só conheceram amargores; e da glória desse mundo, o túmulo.”
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