DESTINO: LINHA 308 / DESTINATION: LINE 308


O COLETIVO 308 tem como objetivo estimular distintas formas de pensar a Arte, através da produção coletiva e a intervenção nos espaços.

The collective group COLETIVO 308 has like objective to stimulate distinct forms to think about Art, through the
collective production and the intervention in the spaces.


domingo, 31 de agosto de 2008

A FESTIVAL OF LABOUR & THE ARTS




Convocatórias novas que chegaram através de Celestino Neto (Valeu, Neto!), do grupo Toca do Lobo, para o Festival of Labour & the Arts organizado por Ed Varney, no Canadá.Participem!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

NORBERTO JOSÉ MARTINEZ nos envia material da Argentina











Norberto José Martinez nos envia trabalhos e o retorno de nosso adiciona e passa.Pedimos desculpas pela demora em postar no blogger, mas tivemos um acúmulo de material e de trabalhos devido a greve.Em breve daremos retorno ao seus adicione e passa.Abraços do Brasil, Norberto!


Norberto Jose Martinez sends us back to our work and add and passes.
We apologize for the delay in posting the blogger, but we had an accumulation of material and work due to strike.
Soon we will return and add to their passing.
Greetings of Brazil, Norberto!

LIFE FORM - MATERIAL DE RYOSUKE COHEN

Recebemos este importante trabalho de arte postal do artista japonês RYOSUKE COHEN.Muito Obrigado Ryosuke! Enviaremos material para você em breve.saudações do Brasil.


We received this important work of art mail art of Japanese artist RYOSUKE COHEN.
Ryosuke Thank you! We'll send material to you shortly.
Greetings from Brazil.




quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Selos de artista de D.C. Spaulding


Recebemos os selos de artista de D.C. Spaulding, nosso amigo e colaborador. Muito obrigado por enviar material D.C.

Stamps D.C.Spaulding the artist who arrived soon after the postal strike and we are posting only now.
D. C. SPAULDING Thank you very much! Greetings from Brazil!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Mais Livro de artista chegando!






Estes trabalhos são do artista do Espírito Santo, Saulo Dias!
Gostamos muito de seus trabalhos ,Saulo.
Perdoe-nos a demora em postar!Assim que tivermos todo o material reunido comunicaremos você.

These works are the artist of the Espírito Santo, Saulo Dias!
Like much of its work, Saulo.
Forgive us the delay in posting! After we have all the material gathered advise you.

Livro de Artista de Portugal


A amiga e artista Lurdes Sousa também nos enviou para o projeto livro de artista, um livro seu, muito bonito e delicado, de uma bonita carga poética!Agradecemos sua gentil colaboração em nosso projeto Lurdes!


A friend and artist Lourdes Sousa also sent us for the design of book artist, a book her, very beautiful and delicate, a beautiful poetic load! Thank you for your kind cooperation in our project Lourdes!





Material para o livro de artista!

Aqui vai o material do livro de artista, que chegou já há algum tempo, vindo do artista carioca e amigo PJ.
MuitoObrigado pela força PJ! Perdoe a nossa demora em postar!Abraços do coletivo 308.


Here the material for the artist's book, who arrived some time, been the artist and friend from Rio, PJ.
Thank you for your work PJ! Excuse our delay in posting! Greetings from coletivo 308.








quinta-feira, 21 de agosto de 2008

"A arte é um combate - na arte é preciso dar o sangue."
"Eu preferiria não dizer nada, do que me exprimir frouxamente."

(Jean-François Millet, segundo Van Gogh, no livro "Cartas a Théo").

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Cláudio Donato



A galera do Coletivo La Panela em mais um projeto "Fanzine na Panela " apresenta a Palestra de:

Cláudio Donato

Tema: Stencil Graffiti Paulistano e Processo Criativo.

Artista plástico por profissão e grafiteiro por opção, usa a linguagem Stencil como ferramenta de expressão, e faz parte da geração anos 90 do Stencil Graffiti Paulistano.

Dia 20/08/2008 das 19h às 21h.

Entrada Franca.

Local: Memorial Penha de França

Rua Betari, 560 - Penha - SP.

Próximo ao Metro Penha.


Para maiores detalhes visite Coletivo La Panela

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Belo texto do Henri Matisse:











Eduardo Garofalo *






COM OLHOS DE CRIANÇA

Henri Matisse.


O desenho é a possessão. A cada linha deve corresponder outra linha que faça um contrapeso, da mesma forma que se abraça, que se possui com dois braços. A vontade de possessão é mais ou menos forte segundo cada ser; há quem deseja frouxamente. (a Paule Martin, 1949-50)

Criar é próprio do artista; onde não há criação, a arte não existe. Mas seria enganoso atribuir este poder criador a um dom inato. Em matéria de arte, o criador autêntico não é apenas um ser dotado; é um homem que soube ordenar para sua finalidade todo um facho de atividades cujo resultado é a obra de arte. É assim que para o artista, a criação começa na visão. Ver, isso já é uma operação criadora, que exige esforço. Tudo o que vemos na vida diária sofre mais ou menos a deformação produzida pelos hábitos adquiridos, e o fato é talvez mais sensível numa época como a nossa, onde o cinema, a publicidade e as revistas nos impõem cotidianamente um fluxo de imagens prontas que são um pouco, na ordem da visão, o que é o preconceito na ordem da inteligência. O esforço necessário para se desvencilhar disso exige uma espécie de coragem; e esta coragem é indispensável ao artista que deve ver todas as coisas como se as tivesse vendo pela primeira vez; é preciso ver toda a vida como quando se era criança; e a perda dessa possibilidade vos retira a de vos exprimir de uma maneira original, isto é, pessoal.

Para tomar um exemplo, penso que nada é mais difícil para um verdadeiro pintor do que pintar uma rosa, porque, para fazê-lo, é-lhe preciso primeiro esquecer todas as rosas pintadas. Aos visitantes que vinham me ver em Vence, eu muitas vezes perguntei: “Vocês viram os acantos, sobre os declives que margeiam a estrada?”. Ninguém os tinha visto; todos teriam reconhecido a folha de acanto sobre um capitel coríntio, mas ao natural, a lembrança do capitel impedia de ver o acanto Ver cada coisa na sua verdade é um primeiro passo em direção à criação, e isto supõe um esforço contínuo.

Criar é exprimir o que se tem em si. Todo esforço autêntico de criação é interior. Ainda assim é preciso alimentar seu sentimento, o que se faz com a ajuda dos elementos tirados do mundo exterior. Aqui intervém o trabalho pelo qual o artista incorpora, assimila gradativamente para si o mundo exterior, até que o objeto que ele desenha tenha se tornado como parte dele mesmo, até que ele tenha em si e que possa projetá-lo na tela como sua própria criação.

Quando pinto um retrato, eu tomo e retomo meu estudo, e é cada vez um novo retrato que faço: não o mesmo que corrijo, mas um outro retrato que recomeço; e é cada vez um ser diferente que eu extraio da mesma personalidade. Tem me acontecido freqüentemente, para esgotar mais completamente meu estudo, de me inspirar em fotografias de uma mesma pessoa em idades diferentes: o retrato definitivo poderá representá-la mais jovem, ou sob um aspecto diferente daquele que ela oferece no momento em que posa, porque é este aspecto que me terá parecido o mais verdadeiro, mais revelador de sua personalidade.

O obra de arte é dessa forma o resultado de um longo trabalho de elaboração. O artista busca a seu redor tudo o que é capaz de alimentar sua visão interior, diretamente – quando o objeto que ele desenha deve figurar em sua composição – ou por analogia. Ele se põe assim em estado de criar. Ele se enriquece interiormente de todas as formas nas quais ele se torna mestre e que ele ordenará algum dia segundo um ritmo novo.

É na expressão deste ritmo que a atividade do artista será realmente criadora; ser-lhe-á necessário, para alcançar isto, tender para o despojamento mais do que para a acumulação de detalhes; escolher, por exemplo, no desenho, entre todas as combinações possíveis, a linha que se revelará plenamente expressiva, e como que portadora de vida; pesquisar estas equivalências pelas quais os dados da natureza se acham transportados para o domínio próprio da arte. Na “Nature morte au magnólia” ("Natureza morta com magnólia"), representei em vermelho uma mesa de mármore verde; em outro lugar, precisei de uma mancha preta para evocar o reflexo do sol no mar; todas estas transposições não eram nem um pouco o efeito do acaso, ou sabe lá de que fantasia, mas sim o resultado de uma série de pesquisas, em seguida das quais estas tintas me pareciam necessárias, visto sua relação com o resto da composição, para dar a impressão desejada. As cores, as linhas são forças, e no jogo dessas forças, no seu equilíbrio, reside o segredo da criação.

Na capela de Vence, que é o resultado de minhas investigações anteriores, eu tentei realizar esse equilíbrio de forças; os azuis, os verdes, os amarelos dos vitrais compõem no interior uma luz que não é, propriamente falando, nenhuma das cores empregadas, mas o produto vivo de sua harmonia, de suas relações recíprocas; essa cor-luz era destinada a brincar sobre o campo branco bordado de preto da parede em frente aos vitrais, e sobre a qual as linhas são voluntariamente muito espaçadas. O contraste me permite dar à luz todo o seu valor de vida, torná-la elemento essencial, aquele que colore, aquece, anima realmente este conjunto no qual importa dar uma impressão de espaço ilimitado apesar de suas dimensões reduzidas. Em toda essa capela, não há uma linha, um detalhe que não concorra para dar essa impressão.

É neste sentido, me parece, que se pode dizer que a arte imita a natureza: pelo caráter de vida que confere à obra de arte um trabalho criador. Então a obra aparecerá assim fecunda, e dotada desse mesmo frêmito interior, dessa mesma beleza resplandecente que as obras da natureza também possuem. É necessário um grande amor, capaz de inspirar e de sustentar esse esforço contínuo em direção à verdade, essa generosidade reunida a esse despojamento profundo que a gênese de toda obra de arte implica. Mas o amor não está na origem de toda criação?

(Idéias coletadas por Régine Pernoud, Le Courrier de l’ UNESCO, vol. VI, nº. 10, outubro de 1953.)

Henri Matisse: interior da Capela de Vence (França)

Henri Matisse: interior da Capela de Vence (França)


Henri Matisse: “Nature morte au magnólia” ("Natureza morta com magnólia")



* Eduardo Garofalo é artista plástico e membro do grupo coletivo 308

terça-feira, 5 de agosto de 2008

PANORAMA COLETIVO - COTIDIANO PARALELO

No último sábado, em Guarulhos, aconteceu a exposição Panorama Coletivo - Cotidiano Paralelo que certamente serve como um ponto a ser registrado para os artistas e o público em geral:a reunião de diversas linguagens e até mesmo gerações das artes visuais que vivem e trabalham na cidade. Uma proposta iniciada pelo Coletivo La Panela, a quem coube a iniciativa e a organização impecável de reunir toda essa gente.Estiveram presentes muitos artistas que há tempos trabalham na cidade e que em muitos momentos passaram à margem do circuito "oficial" seja por opção individual ou em alguns casos por injustiça mesmo.

Outro ponto que merece atenção, é a qualidade dos trabalhos, que revelam o quanto as artes visuais da região cresceu nos últimos anos à despeito da falta de incentivo e do olhar cego dos órgãos de "cultura" e dos "produtores", aliás, como não poderia deixar de ser.

Quando se fala em arte em Guarulhos, alguns céticos dizem ser uma bobagem. Ser algo inexistente ou impossível. Alguns acreditam até que não há engajamento ou tomadas de posição por parte dos artistas.
Dizem que só há possibilidade de acontecer algo interessante indo para São Paulo.Estão errados!
O coletivo La Panela, com sua organização que já é uma das marcas do grupo, conseguiu mostrar até para os mais céticos que estão todos errados!Guarulhos tem muito mais do que se imaginava!
Parabéns ao Coletivo La Panela por sua força e por seu grandioso trabalho, que outras iniciativas frutifiquem!




Fotografias:Cíntia Nagatomo e Alexandre Vilas Boas


A criançada brincando com os carrinhos do 308 que viraram "giz", não podia ser melhor!
































Material impresso, Fanzine do la Panela e a Xilogravura do 308, para a galera.









Alguns momentos antes da exposição, a galera do Coletivo 308, preparando um de seus trabalhos para a Exposição.